Desde o dia 15 de maio de 2002, São Conrado, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes contam com a presença de um ilustre visitante: - O "Helicops", helicóptero da polícia civil que está servindo de apoio à população no combate à violência.
O objetivo da operação foi dar uma resposta do Governo Benedita da Silva à população que convivia diariamente com roubos de carros, assaltos em túneis e sinais.

O helicóptero pode ser visto durante as 24 horas do dia. No entanto, segundo os dados de criminalidade, a maior incidência de roubos e furtos acontece de seis da tarde até a meia noite quando uma média de 7 a 8 carros eram roubados por dia. Segundo o Comandante Maia, coordenador geral do CEGOA (coordenadoria geral de operações aéreas), durante os quase dois meses de operação, a criminalidade foi muito reduzida na região: - Houve uma queda de mais de 90% nos crimes da área. Para o comandante, os bandidos perceberam a força da operação: - "Os meliantes estão vendo que a região está muito policiada e não dá para apostar corrida com o helicóptero" - comemora.

Polícia monta estratégia de segurança para a Barra

O Helicóptero não trabalha sozinho. Existem 5 viaturas caracterizadas e mais 5 descaracterizadas para dar suporte à operação. A polícia conta ainda com mais três motocicletas que driblam o trânsito atrás de bandidos.
Ao ser comunicado um assalto ou um roubo, esses carros que ficam estrategicamente posicionados fazem a operação "pára Pedro", onde todas as rotas de entrada e saída da Barra são fechadas. Com a região cercada, o helicóptero tem tranqüilidade para vasculhar a área em busca dos bandidos.
Celso Vaz, inspetor de polícia, confirma que as intervenções podem ser feitas através do contato com a terra pelo helicóptero. A partir do momento que forem detectadas ocorrências como roubo de carros, seqüestros ou assalto a comércios, por exemplo, a polícia é acionada: "- Como em alguns locais não podemos pousar, nós fazemos o rapel rápido, que é o dispositivo onde nós descemos através da corda com um guincho, e chegando ao solo são tomadas as posições para realização do socorro" - e conclui: "- Se tivermos que intervir nós vamos intervir. A população pode contar com o apoio do CEGOA. Estamos preparados para isso".

Vôo seguro para os moradores

A equipe de reportagem do PortalBARRA acompanhou um vôo da Operação Coruja. Decolamos da base área da lagoa e fomos rumo a São Conrado. Logo nos deparamos com o morro do Vidigal, perigo eminente para os policiais que não negam o risco.
O helicóptero (que é blindado) possui um poderoso canhão de luz que ilumina perfeitamente a área projetada. Sempre com total precaução durante o percurso, a polícia procura elementos, carros sinistros e situações suspeitas.
Alguns moradores da região comentam que se assustam com a presença do helicóptero, mas nós do PortalBARRA podemos garantir que cada ação desempenhada por eles é detalhadamente elaborada. Não existe precipitação por parte da polícia em nenhum caso. Todos são muito bem treinados e nunca houve registro de intervenções mal sucedidas.
- "O vôo não oferece risco à população", confirmou o Comandante Maia. O "helicops" voa à aproximadamente 80 km/h a uma altura de 100 metros, o equivalente a um edifício de 33 andares.

O socorro vem dos céus

Para o Comandante Maia, a operação está sendo de fundamental importância para o combate ao crime na região. Segundo os índices de criminalidade divulgados em março de 2002 pelo Diário Oficial do Governo, o número de roubos de veículos subiu de 56 em fevereiro para 94 no mês seguinte, com um aumento de 67%. Só por esses dados já podemos comemorar, já que segundo a polícia atualmente temos um roubo a cada dois dias.
Para solicitar ajuda ao helicóptero, a polícia disponibilizou os telefones 3399-3000 e 2294-8585. Outra forma de chamar socorro é piscando os faróis do carro ao avistar a aeronave. Imediatamente o seu pedido será atendido.

Operação faz pausa para balanço

No dia 15 de julho, ao completar dois meses de atividades, a operação do "helicops" vai ser interrompida. A cúpula da Secretaria de Segurança vai se reunir para discutir os dados estatísticos e avaliar os efeitos do projeto piloto.
Para o Comandante Maia, o resultado não poderia ter sido melhor, entretanto o custo da operação é muito alto. São cerca de cinco mil reais por dia para manter o helicóptero no ar, aproximadamente 280 mil reais no final do projeto.
Se tudo correr bem, há a expectativa de que o helicóptero da polícia ganhe novos rumos como a Linha Amarela, Linha Vermelha, Av. Brasil e a Rodovia Niterói-Manilha. Até a polícia de Recife já entrou em contato com o CEGOA e vai utilizar a mesma técnica para o combate da violência local.
Cabe agora esperar o resultado da reunião e saber como vai ficar o futuro da segurança na região da Barra da Tijuca. O que a sociedade quer enfim é sentir-se segura na rua e em casa. Sejam em terra, no mar ou pelo ar, a segurança pública é um direito da população e nos últimos tempos tornou-se de caráter emergencial.

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